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Leonardo da Vinci e A Última Ceia: abril é o mês da arte que transforma

  • giuliallupo
  • Apr 19
  • 2 min read

Quando pensamos na arte renascentista italiana, um nome inevitavelmente surge: Leonardo da Vinci. Em abril, sua presença se torna ainda mais forte por dois motivos simbólicos: 15 de abril marca o seu nascimento, e a Quinta-feira Santa, celebrada neste mês, nos reconecta com uma de suas maiores obras: A Última Ceia (Il Cenacolo).

 

Mas o que torna essa conexão ainda mais especial para mim, Giulia, fundadora da SHE WOLF, é o fato de eu ter nascido e crescido justamente na região de Vinci, a mesma terra onde Leonardo deu seus primeiros passos. A arte sempre esteve presente na minha vida e Leonardo era mais do que história: era paisagem, era conversa, era inspiração cotidiana.


afresco Ultima ceia leonardo da vinci
Fotografia da obra A Última Ceia

A Última Ceia: uma revolução na forma de ver a arte


Produzida entre 1494 e 1498, a pedido de Ludovico il Moro, A Última Ceia foi pintada por Leonardo da Vinci no refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão. A obra mede 4,6 metros de altura por 8,8 metros de largura e é considerada uma das representações mais importantes da cena bíblica e uma das maiores realizações do Renascimento. Em 1980, foi reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO.


Leonardo baseou sua composição no Evangelho de João 13:21, retratando o exato momento em que Jesus anuncia que será traído por um dos apóstolos. Cristo aparece ao centro, sereno, com a cabeça inclinada e olhos semicerrados, enquanto os doze apóstolos reagem de formas diversas, cada um com sua emoção, movimento e expressão únicos.


Diferente das versões anteriores, Leonardo inovou não só na narrativa, mas também na técnica. Ele abandonou o afresco tradicional (incompatível com seu processo lento e minucioso) e optou por uma técnica mista sobre parede seca. Isso permitiu mais liberdade, mas comprometeu a durabilidade da pintura. A umidade do ambiente também acelerou sua deterioração, exigindo diversos restauros ao longo dos séculos. O mais importante deles foi concluído em 1999, garantindo que ainda hoje possamos ver essa obra de perto.


Outro elemento inovador foi a inclusão de Judas entre os demais apóstolos, e não isolado, como se fazia antes. Isso aumentou a tensão dramática e a força emocional da cena. A composição arquitetônica, com suas linhas e perspectiva, cria uma ilusão de profundidade que transforma o espaço real: o refeitório se estende para dentro da cena. A arte torna-se ambiente.


Abril, Leonardo e a SHE WOLF

 

Na SHE WOLF, olhamos para o passado como combustível para a criação no presente. Abril é um mês que fala de renascimento, reflexão e transformação: valores que também guiam nossa forma de pensar e produzir arte.

 

Se você chegou até aqui procurando sobre Leonardo da Vinci, A Última Ceia, ou se quer conhecer mais sobre como arte, história e identidade se entrelaçam, te convido a explorar mais do nosso conteúdo. Este é o nosso território criativo e talvez, o seu também.


Credits foto: registro feito por Giulia durante uma visita ao Cenacolo.

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